Dra. Lillian S. Pereira
Dr. André L. Lourenção
Dr. Fernando J.S. Salas
Dra. Maria Fernanda Peñaflor
O controle de Bemisia tabaci é realizado principalmente pelo uso de inseticidas químicos e, devido ao seu uso indiscriminado, vem sendo observados casos de seleção de populações resistentes. É provável que esse fato tenha agravado o quadro da infecção por Tomato chlorosis virus (ToCV) em diferentes culturas no campo.
Foto 1. Planta de Batata sadia ao lado de batata infectada por ToCV
A transmissão de patógenos de plantas por insetos vetores é um processo biológico complexo envolvendo interações entre a planta hospedeira, o inseto vetor e o patógeno. Nessa relação tritrófica, os vírus fitopatogênicos são dependentes da interação com o vetor, que pode ser modificada tanto na planta quanto no inseto, afetando a transmissão e disseminação do vírus (Blua & Perring, 1992; Ingwell et al., 2012; Luan et al., 2013a).
As alterações causadas pelos vírus podem afetar a fisiologia, a morfologia, o estado nutricional e a emissão de voláteis da planta hospedeira, além de modificar o comportamento alimentar e a biologia do inseto vetor (Bosque-Peréz & Eigenbrode, 2011; Mauck et al., 2012; Carmo-Souza et al., 2014;).
Segundo Chapman et al. (1981) e La Pointe & Tingey (1984), a detecção de substâncias químicas que se segue ao pouso do inseto na planta é o processo mais importante na escolha do hospedeiro. A atração da mosca-branca pela planta ocorre inicialmente pela cor e depois pelo odor da planta hospedeira (metabólitos voláteis, semioquímicos, etc), e finalmente a aceitação do hospedeiro após a picada de prova.
Os metabólitos vegetais são divididos em três grupos químicos: terpenos, compostos fenólicos e compostos nitrogenados. Pesquisas revelam que os terpenos voláteis têm função protetora para a planta. Assim, certos terpenos são produzidos e liberados pela planta somente após o ataque de um herbívoro, repelindo herbívoros ovipositores e atraindo os inimigos naturais destes insetos (Turlings et al., 1995; Kessler & Baldwin, 2001).
Os estudos sobre voláteis emitidos por plantas de batata não infectadas e plantas infectadas por ToCV contribuem para o entendimento da atratividade do inseto vetor para essas plantas.
Foram avaliadas plantas com 30 DAP dos clones ‘Ãgata’ e Bach-4, não infectadas e infectadas por ToCV, perfazendo quatro tratamentos. Os voláteis foram extraídos pela técnica de aeração, coletados em intervalos de 12 h. A análise dos compostos voláteis se realizou em um cromatógrafo gasoso acoplado a um espectrômetro de massa.
Foto 2. Sistema de extração de voláteis de plantas de batata
Verificou-se que o tipo de volátil e sua quantidade diferiram entre clones e entre plantas não infectadas e infectadas por ToCV. Detectaram-se dois principais compostos em plantas não infectadas do clone ‘Ãgata’ e oito principais em plantas de Bach-4, sendo que nas plantas infectadas alguns voláteis não foram detectados ou estavam presentes em quantidade menor (Tabela1).
No presente experimento, a supressão dos compostos terpenos e também diminuição do conteúdo sugere que a não liberação de compostos com ação desfavorável aos insetos pode favorecer a preferência da mosca-branca por plantas infectadas e assim disseminar o vírus, sendo proposta como uma manipulação do vírus em seu benefício (Stout et al., 2006.)
Tabela 1. Tempo de retenção (TR), área de pico e identificação dos compostos emitidos por plantas de batata sadias e infectadas por Tomato chlorosis virus (TOCV), em cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas.
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