Comercialização-Atacado-Mudança na embalagem de batata na Ceasa-Campinas

Mudança na embalagem de batata na Ceasa-Campinas beneficia trabalhadores e combate o desperdício


Uma mudança na embalagem de batata agrada a clientes e trabalhadores na Centrais de Abastecimento de Campinas/SP (Ceasa- Campinas). Um acordo entre os 16 atacadistas do tubérculo do entreposto reduziu de 50 para 25 kg o volume mínimo para venda na Central. A Ceasa- Campinas é a primeira do país a implantar a medida que era uma reivindicação antiga dos varejistas e profi ssionais de carregamento e começou a vigorar em agosto deste ano. A iniciativa evita o desperdício, facilita o trabalho de carga, armazenamento e reduz o esforço físico dos carregadores. Segundo o comerciante da Central, Carlos Alberto Rossi, o peso menor do produto tem várias vantagens. “Muitos clientes relatavam problemas com sobras e armazenamento do saco de 50 kg. Hoje 80% do que vendo é na embalagem de 25 kg demonstrando que a medida de redução foi acertada e bem aceita”, avaliou. Rossi explica que além de evitar perdas, o novo peso facilita e agiliza o carregamento. “Com a embalagem menor o ajuste no palete fi ca exato e bem preso. O produtor pode ainda utilizar empilhadeira o que antes não era viável”, comenta. Outra vantagem levantada pelo comerciante é a facilidade do manuseio por mulheres. “Tenho clientes de hotéis, cozinhas coletivas e restaurantes que vêem fazer compras e que reclamavam da difi culdade de manusear a embalagem de 50 kg”, relatou. Para o atacadista ao contrário do que possa parecer, a redução do volume não representa comércio menor. “Acredito que ampliaremos as vendas, pois a maior fl exibilidade pode incentivar o consumo e agora vamos buscar atender compradores menores e novos clientes”, explicou. A mudança também agradou os carregadores autônomos e profi ssionais de carga e descarga dos boxes que atuam na Ceasa-Campinas. “Para nós foi muito bom. Para pegar batata eu pensava dez vezes, pois era tão pesado que corríamos o risco de machucar a coluna. Agora fi cou seguro. Eu já tinha comentado com os comerciantes que seria bom diminuir o saco”, avaliou o diretor do Sindicato dos Carregadores Autônomos da Ceasa-Campinas, Gilmar Ornelas de Oliveira. Para o funcionário de um box da Central, José Zito de Araújo, a mudança melhorou 100% o trabalho. “Foi uma beleza, uma maravilha mesmo, diminuiu até minha dor nas costas”, disse. O empresário Sebastião Galassi, proprietário da rede de supermercados Galassi, em Campinas/SP, foi um dos incentivadores da mudança. “Eu sugeri a redução para 25 quilos e acho que melhorou bastante porque o produto bate menos no transporte, é mais fácil de pegar, não prejudica o funcionário e a mercadoria fi ca mais fresca na banca”, analisou. Nelson Ide, funcionário responsável pelo comércio de produção de batatas de Itapetininga (SP), disse que embora a novidade envolva investimentos ele aposta no sucesso. “Temos um custo maior de embalagem e benefi ciamento além de ser necessária adaptação da boca de saída da máquina que lava e seca o produto. No entanto, nossa expectativa é de resposta positiva do mercado com um crescimento do consumo”, avaliou.  


 


Tendência 


O gerente do Mercado de Hortifrutis da Ceasa-Campinas, Laurismaradno Morais da Fonseca, informou que o prazo para os atacadistas se adequar ao novo peso da embalagem terminou em 1º de novembro. “Ainda teremos a opção do saco de 50 kg, no entanto, como tem sido demonstrado até agora pela preferência dos clientes, a embalagem de 25 kg vai representar mais de 90% do mercado”, disse. Segundo ele, outras Ceasas do país devem se interessar pela medida. “Na verdade faz tempo que se discute e avalia esta mudança. Acho que é uma tendência que vai ser seguida por outros entrepostos de abastecimento”, finaliza. 


 


Crescimento 


A Ceasa-Campinas comercializa cerca de 56 mil toneladas de hortifrutigranjeiros por mês. A batata é o produto mais vendido no mercado somando uma média de 5,4 mil toneladas ofertadas mensalmente, frente a laranja, mamão, tomate, banana e melancia, que estão entre os mais comercializados no entreposto campineiro. A oferta do tubérculo na Central teve um crescimento de 28,8% nos últimos quatro anos: de 50.075 quilos em 2003 para 64.493 quilos em 2007.


 


Raio-X da Ceasa-Campinas


Fundação: 1975


Ãrea total: 500 mil m2


Empregos: 5,3 mil diretos e 20 mil indiretos


Circulação diária média: 5 mil veículos de carga e 15 mil pessoas. É a 4ª maior Central de Abastecimento do país. Tem o maior Mercado Permanente de Flores e Plantas da América Latina


Infra-estrutura completa: rede bancária e serviços de apoio e insumos, segurança 24 horas com câmeras e modernos recursos tecnológicos, Usina Geradora de Energia Elétrica que cobre 100% da necessidade do entreposto


Mercado de Hortifrutis: 841 boxes e pedras, 589 permissionários (atacadistas), comercialização média de 56 mil toneladas por mês, abastece mais de 500 cidades, plataformas de carga e descarga cobertas, áreas para depósito e armazenamento de mercadorias com câmaras frias de uso comum, estocagem e conservação de produtos e pavilhões de beneficiamento


Mercado de Flores: 504 boxes e pedras, 375 permissionários (atacadistas), comercialização média de 4 mil toneladas de produtos por mês, vende para todo o país, variedade de mais de 20 mil itens de flores e plantas e 5 mil de acessórios, tem 7 mil clientes cadastrados, conta com depósitos, câmara fria e plataformas de carga e descarga cobertas


 


Serviço


Ceasa-Campinas


Rod. Dom Pedro I, km 140,5 Campinas (SP)


www.ceasacampinas.com.br


comunicacao1@ceasacampinas.com.br


Fone: (19) 3746-1000


 


Principais vantagens da redução do peso do saco da batata no atacado


 


 


 

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