Cerco ao agrotóxico ilegal – Campanha nacional motiva recorde de denúncias e apreensões de agrotóxicos ilegais


 


 


Sindag e Andav alertam para os riscos de compra, venda e aplicação de agrotóxicos contrabandeados, roubados e pirateados; número 0800 940 7030 recebe denúncias e garante anonimato


O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos Para Defesa Agrícola (Sindag) e a Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) veiculam uma nova versão de sua campanha nacional contra os agrotóxicos ilegais. Animadas com os resultados obtidos nos dois anos anteriores, nos quais cresceu tanto o número de denúncias em torno da comercialização desses produtos, como as apreensões e o indiciamento de suspeitos, as duas entidades voltam a alertar o campo para os riscos envolvendo agrotóxicos roubados, pirateados e contrabandeados.


Com o tema Agrotóxico ilegal só causa perda e destruição, as peças da campanha – anúncios de mídia impressa, filme, spot de rádio, outdoor e outros materiais informativos – expõem as consequências a que se sujeitam agricultores e revendedores envolvidos com os produtos ilegais: prisão, interdição de lavouras, prejuízos financeiros, morais e materiais, entre outras.


De acordo com a direção do Sindag e da Andav, os números resultantes dos dois primeiros anos da campanha são impressionantes: até o mês de outubro último, em torno de 12 toneladas de agrotóxicos ilegais foram apreendidas pelas autoridades – Polícias Civil, Militar e Federal – nas principais regiões agrícolas do Brasil, sobretudo nos seguintes estados: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás – principais alvos da nova campanha, que entrou no ar dia 04/11/2004.


Repressão – As duas entidades asseguram que o número de denúncias encaminhadas ao telefone 0800 940 7030 – mais de 4.000 chamadas registradas até outubro – foi o que motivou o crescimento das apreensões e da abertura de inquéritos policiais. Segundo porta-vozes do Sindag e da Andav, todas as denúncias que chegam a esse canal de comunicação são imediatamente repassadas à autoridade competente, sobretudo à Polícia Federal, órgão máximo para a apuração dos crimes de contrabando, pirataria e evasão de divisas. Outro resultado positivo da campanha que os dirigentes do Sindag e da Andav fazem questão de ressaltar é que a partir do ano passado, sobretudo, as Polícias Civil, Federal e Militar, além de órgãos como o Ibama e as Secretarias de Agricultura, mostraram grande competência no combate aos agrotóxicos ilegais, tanto do ponto de vista técnico como operacional.


Por exemplo: os agentes, delegados e fiscais envolvidos na repressão a esses delitos buscaram informações, junto ao Sindag e à Andav, visando a facilitar a identificação dos produtos ilegais em suas diligências e investigações. “Trocamos informações no tocante a especificidades da legislação civil e criminal existente para punir infratores, e também sobre procedimentos adequados para armazenagem, transporte e descarte seguro dos agrotóxicos apreendidos”, acrescenta um porta-voz da campanha.


Ibama e revendas – O Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também realizou várias autuações de agricultores usuários de agrotóxicos ilegais no período 2002-2003. Multas, que somadas atingem valor próximo a R$ 1 milhão, foram aplicadas nas principais regiões agrícolas, sobretudo nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Os responsáveis pela campanha lembram que as ações de compra, venda e utilização de agrotóxico contrabandeado ou pirateado são enquadradas na Lei dos crimes ambientais (Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1988).


Este ano, de acordo com o Sindag e a Andav, a campanha conta também com a participação de 4,5 mil revendas e cooperativas do País. As entidades continuarão empenhadas em motivar denúncias em torno do comércio ilegal de agrotóxicos pelo Disque-Denúncia 0800 940 7030.


Saiba como reconhecer agrotóxicos ilegais
Embalagens – Atenção ao idioma utilizado nos rótulos dos produtos: Espanhol, na grande maioria dos casos. As embalagens são do tipo sacos plásticos, metalizados ou caixas de papel cartão, com peso líquido aproximado de 10 gramas a 200 gramas.


· Culturas agrícolas: As mais visadas são soja, trigo e arroz.
· Nomes dos produtos (principais): Agruron, Callimuron, Chloryl, Clorimuron, Clorimusol, Clotyl, Clorinor, Flash, Herbex, Huron, Herbimet, Koan, Parisud, Metsulfuron Agrotec, Sinochem Hebei, Meturon, Naok, Poker, Spin 25 e Terriz são os mais visados pelas quadrilhas de contrabandistas.
 
 

VEJA TAMBÉM

Bataticultura da Ãfrica do Sul… Surpreendente!

Roberto Bosco é Eng. Agrônomo e gerente da Improcrop do Brasil Ltda (19) 9768 4021rbosco@alltech-bio.com Recentemente estive na Ãfrica do Sul a convite da Improcrop South Africa Ltd. para um treinamento nas principais regiões...

LER

Entomologia – Pulgões da Batata

1. IntroduçãoOs afídeos, ou comumente chamados de pulgões, são pequenos insetos que se alimentam na planta sugando sua seiva, causando prejuízos relativamente elevado, tanto como praga, como vetora de vários vírus que afetam a...

LER

MARABEL – Chega ao Brasil

Paulo Roberto Popp, Eng. Agr., Paulo PoppConsultoria Agrícola Ltda, pesquisador e consultor da empresa Europlant GmbH, alemanha.rppopp@netpar.com.br, fone: (41) 9963.4092 e (41) 3253.7435, fax: (41) 3253. 0167, Curitiba/PR – www.europlant-potato.de   O atual mercado...

LER

Batata Transgênica. Estado da arte no Brasil e no mundo.

Eduardo Romano* romano@cenargen.embrapa.br Damares de Castro Monte** Antonio Carlos Torres* Os autores são pesquisadores dos centros da Embrapa: *Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia – CENARGEN, C. P, 02.372, 70849 Brasília, DF **Embrapa Hortaliças, C....

LER