José Roberto Postali Parra – jrpparra@esalq.usp.br • Celso Omoto – celomoto@esalq.usp.br
Tradicionalmente, a lagarta-docartucho era uma praga do milho, e embora a mais importante desta cultura, muitas vezes nem era controlada; eventualmente, poderia ocorrer em hortaliças, como a alface, além de outras gramíneas, incluindo arroz, trigo, sorgo etc.
Nos últimos anos, entretanto, ela passou a ocorrer com grande intensidade, passando a ser problema muito maior em milho, além de atacar mais intensamente a batata, e, especialmente no Brasil Central, as novas variedades de algodão. “Alterações do meio ambiente, provocadas pelo homem, com a expansão de fronteiras e desenvolvimento de novas tecnologias de produção, têm sido uma das principais razões para o aumento dos problemas de pragas no Brasil” (PARRA & OMOTO, 2004)*. Isto é principalmente válido para S. frugiperda, pois, com o aumento de área com milho safrinha e com a utilização de irrigação em grandes áreas, através do pivô central, a praga tende a aumentar a sua população, pois tem alimento disponível no mesmo local, praticamente durante todo o ano. Assim, esta praga chegou a alterar o seu hábito na cultura do milho e, ao invés de ser unicamente uma lagarta-do-cartucho, passou a cortar plantas recém germinadas, de forma semelhante a uma lagarta rosca ou mesmo atacar a espiga do milho, como faz a lagarta-da-espiga, Helicoverpa zea. Por outro lado, no Brasil Central, a mudança de variedades de algodão, em substituição às tradicionais IAC, criaram condições para que ela seja, em muitos locais, a mais importante das lagartas do algodoeiro.
Estes fatores aliados ao curto ciclo de vida da espécie (23 a 58 dias, em função da temperatura) e da sua alta capacidade reprodutiva (1.500 a 2.000 ovos/fêmea) fazem com que ela ataque as diversas culturas, incluindo folhas e tubérculos de batata (Figura 1). Evidentemente que tais danos são proporcionais à localização da área de plantio de batata. Um outro aspecto bastante discutido é o desenvolvimento de resistência de S. frugiperda a vários inseticidas, o que tem dificultado ainda mais o seu controle. Uma das estratégias para contornar o problema da resistência tem sido a necessidade de rotacionar inseticidas de mecanismos de ação distintos.
Contudo, a disponibilidade de produtos registrados para o controle de S. frugiperda na cultura da batata é restrita no Brasil. O nível populacional da praga e a qualidade e época de aplicação dos produtos são outros aspectos a serem considerados e que, na maioria das vezes, não são do conhecimento do agricultor. S. frugiperda tem uma série de inimigos naturais, incluindo parasitóides e predadores. Esta fauna benéfica deve ser preservada, sendo que a aplicação de produtos não seletivos pode eliminar tais insetos e desequilibrar o nível populacional da praga, que passa a atopovirilia, parasitóide de ovos, mais eficiente em posturas da praga com uma camada de ovos (Figuras 2 e 3), pode mantê-la em equilíbrio, pois com sua liberação (já feita em 60.000 ha de milho no Brasil) tem-se observado que outros inimigos naturais, como as tesourinhas, são mantidos na área, diminuindo os prejuízos causados por S. frugiperda.
Assim, com todos os comentários feitos e à luz dos conhecimentos atuais, “o planejamento do sistema de produção de culturas em uma determinada região é o passo crucial para a implementação de estratégias efetivas de Manejo de Pragas” (PARRA & OMOTO, 2004).
* PARRA, J.R.P. & C. OMOTO. 2004. Cada vez mais terríveis. Cultivar VI (59): 18-20.
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